Festejar
Miriam Brasil

Louca prisão que expõe meu corpo, outrora livre,
porque agora e não depois?
Ouso, arrojadamente, na entrega do sentimento emanado da presença ausente de teus olhos...
Ouço a balada ferindo rente e inexorável!
Oculto-me em defesas...
Finjo não perceber os anseios e apelos de tua alma
disparando explosivamente em minha direção...
Deliro na tentação...
E a noite do corpo sem estrelas
a tentar aplacar as tempestades que vertem de meus ossos.
Melhor... ousarei festejar os lilases!
(Miriam Brasil)