Prosa Pequenas dúvidas domésticas em tempos de crise


PEQUENAS DÚVIDAS DOMÉSTICAS

Dá para cultivar dinheiro-em-penca
num potinho de salário mínimo?
Mentiras deslavadas podem ser submetidas
a lavadoras a jato de alta pressão?
Sovar a massa de protesto das ruas
altera o preço do pão?
Nos formulários do Imposto de Renda
onde declaro as perdas e danos
causadas pelo (des)governo?
Como descontaminar um peixe fisgado
usando um corrupto como isca?
Um terninho verde, reformado
e uma bolsa família vermelha, surrada
é um traje social para ir um panelaço?
Um poema sem clima, hostil,
ainda rima com Pátria amada Brasil?



Tercetos de primavera

Fiz um breve curso de fotografia, com a professora Midori. As fotos deviam ser tiradas dos arredores do trabalho, na Secretaria de Educação. Ilustrei algumas minhas, com pequenas poesias.   


















Poesia A veces pienso en la muerte, de Lota Moncada


Estava eu aqui, acometida de uma severa crise de asma, daquelas que matam. Me socorri com uma bombinha e com o coração aos pulos, monossilábica, sussurrei para a dona morte: "hoje não, querida".

E, para distraí-la, liguei o computador, procurei por e-mails que chamassem minha atenção e encontrei esse, da amiga poeta Lota Moncada.

A veces pienso en la muerte
Lota Moncada

Muchas veces pienso en ella.
Hembra de misterio infinito,
fiel y perenne sombra,
intermitente grito,
silencio pleno de
pesadilla y repulsa.


Algunas veces nos miramos.
Aún sin ver nos miramos.
Yo impotente, ensayando
señales, más lejos, más tarde,
fuera, fuera.
Ella sin risa, sin dolor,
sin lágrima, sin paz,
ahora.

¿Pensará en mí también?
¿O apenas, paciente,
aguarda un descuido,
un desisto, un desliz,
un instante cualquiera
marcado quién sabe dónde,
no se sabe cuándo,
por quién sabe quién?

Entonces veré sus ojos.
Andaremos juntas,
desconocidas íntimas,
podré contarle que
muchas veces pensé en ella,
algunas la busqué,
otras tantas la odié,
que somos parecidas y
aunque encogida
me mantuve alerta.

Y ella dirá – tal vez –
con su voz sorda,
no tengo ojos,
ni recuerdos,
no te engañes
ni quieras engañarme,
no puede haber sentimiento
entre nosotras.



Lota, você é foda! Quantas vezes tentamos criar laços com a morte, na esperança de convencê-la a ser "boazinha" conosco... Hoje, teu poema me salvou.

Eu tô tentando fazer amizade...

Varal virtual - poesia paranaense

Fiz esse varal virtual para uma oficina de poesia, já faz algum tempo. Esqueci de compartilhar. Mas agora tá aí pra quem tiver 10 minutos para conhecer um retalhinho de mais de 60 poetas paranaenses. Tomara que gostem.

Música Amorfina. em parceria com Gerson Bientinez

Poema meu, musicado por Gerson Bientinez, com a interpretação impecável do cantor sul-mato-grossense Gustavo Vargas
No piano Sérgio Justen; no violão Gerson Bientinez; no violino Maska (Noruega).



Amorfina
(Marilda Confortin)


O que mata não é a dor

de perder quem se ama.
Enquanto a dor maltrata
é porque ainda há chama, 

há seiva, há gana,
há chance de reacender.

O que mata não é a lembrança,
é a indiferença.
Não é o que se pensa,
é o que se dispensa.

Não, a vida não acaba,
quando o mundo desaba,
eu que aprenda a levantar.

A vida fenece,
quando anoitece e amanhece na rotina.
Nada começa, nada termina,
o amor desvanece, neblina.

A vida termina, coração adormece,
amortece,
amorfina.

Noite de FRIDA Kahlo

Wonka realiza noite literária em homenagem a Frida Kahlo

Publicado em 23/09/2013 - http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?id=1410751&tit=Wonka-realiza-noite-literaria-em-homenagem-a-Frida-Kahlo

A pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954) será homenageada na noite literária Vox Urbe, amanhã, a partir das 21 horas, no Wonka Bar (R. Trajano Reis, 326, São Francisco), (41) 3026-6272. 

A poeta Marilda Confortin e a empresária Ieda Godoy, proprietária do Wonka, farão leituras bilíngues do diário da artista e haverá também shows de bolero com Laís Mann, Jeff Sabbag, Rogério Leitum e Endrigo Bettega. 

No cardápio, quitutes mexicanos ao encargo de Helena Marguerita, da Feira do Largo da Ordem. 

A decoração temática trará ainda a exposição Soy Frida, com fotos de Ieda Godoy sob as lentes de Alessandro Reis, Karla Gironda e Thiago Ponzio. Os ingressos custam R$ 10.

Ieda Godoy e Marilda Confortin -  las Fridas




Mi Diego:

Espejo de la noche.

Tus ojos espadas verdes dentro de mi carne. 
Ondas entre nuestras manos.
Todo tú en el espacio lleno de sonidos - en la sombra y en la luz.  
Tú te llamarás Auxocromo, el que capta el color. 
Yo Cromoforo, la que da el color. 
Tú eres todas las combinaciones de los números. La vida.
Mi deseo es entender la línea, la forma, la sombra, el movimiento. Tú llenas y yo recibo. 
Tu palabra recorre todo el espacio y llega a mis células que son mis astros y va a las tuyas que son mi luz. (Frida Kahlo)


 



FOI UMA NOITE MARAVILHOSA!

saudades dos amigos de Coyoacan

 

Salada e Leitura

Tinha esquecido dessa. Revirando meus guardados, encontrei muita coisa... 

Clique na imagem para ler meu texto "Salada e leitura" publicada também no Jornal da Secretaria de Educação do Governo do Paraná